Notadamente no caso do Brasil, são muitos os jovens que não crescem como nativos digitais, embora o devessem ser pela idade.
Há claramente um fosso, por oportunidades econômicas e sociais, que separa indivíduos que estariam em uma mesma categoria, a dos nativos, aqueles que viveriam praticamente imersos em um mundo digital, parecendo sempre conectados com seus iPhones, iPods, tablets, comunicando-se através do MSN, Facebook, e outros que estão distantes dessa realidade.

Por outro lado, não será a idade que definirá de forma absoluta os tipos, nativos ou imigrantes. Existem pessoas que, pela idade, seriam imigrantes - dentre elas, eu - mas que dominam as tecnologias digitais não raro em um plano que podemos dizer superior ao de muitos que são considerados nativos.
Por isso, me seduz mais a proposta de John Palfrey e Urs Gasser, em seu livro "Born digital: understanding the first generation of digital natives" [no Brasil, o livro foi publicado pela Artmed, com o título "Nascidos na Era Digital: entendendo a primeira geração de nativos digitais". A tradução foi revista e comentada pelo meu particular amigo, Paulo Gileno Cysneiros] de ver os nativos como populações, ao invés de gerações.
O importante nesse caso é que, de forma diferente da proposta de Marc Prensky ou daquela de Dan Tapscott, para será a a data do nascimento o determinante do que consideraremos nativos, e, por decorrência, imigrantes.
Como alguém que se considera um usuário ativo e com bom domínio das tecnologias digitais de informação e comunicação, me sinto mais à vontade em não ser tido como o imigrante, o sujeito que terá que aprender toda uma nova cultura, apenas porque nasci em 1949, logo depois da II Guerra Mundial, bem antes dos anos 1980.
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